Perante um discurso público aprisionado pelas distopias da hipermobilidade e do aumento da aviação, é preciso fazer propostas radicalmente diferente: desacelerar e promover a vida lenta.
O Decrescimento não deixa a intervenção política aos políticos e reclama a intervenção cidadã.
A catástrofe climática em curso é apenas uma das consequências de um sistema baseado no crescimento económico infinito.
Artigos que revelam as incoerências do crescimento verde.
Embora invisibilizados, os cuidados assumem uma dimensão central na vida individual e coletiva.
Num planeta de recursos limitados torna-se imperativo reduzir os níveis de produção e consumo. Através de mudanças individuais e experiências coletivas é preciso resistir, desenvolver projetos políticos, e pensar em futuros diferentes.
Assembleias de Cidadãos e outras formas de democracia participativa são parte integrante das propostas decrescentistas.
O Dia Global do Decrescimento é uma iniciativa global que decorre anualmente no primeiro Sábado de Junho, dinamizada por iniciativas locais próximas do Decrescimento e pelos núcleos locais da Rede para o Decrescimento.
Greenwashing refere-se a práticas ou produtos supostamente "verdes" ou "sustentáveis", ignorando a sua contribuição total para as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, ou a poluição ambiental, utilizando a divulgação seletiva ou ações meramente simbólicas.
A organização e o tipo de habitação caraterísticas da civilização industrial avançada criam soluções urbanísticas baseadas na dispersão, no aumento das distâncias, e na dependência de longas cadeias de abastecimento.
A mineração maciça é local e socialmente devastadora, e destrói os ecossistemas, a biodiversidade e os recursos hídricos para alimentar a ilusão de uma "transição verde".
O Caracol é a newsletter da Rede para o Decrescimento.
Em 1972, o relatório ao Clube de Roma "The Limits to Growth" deu origem a um amplo debate sobre os limites ao crescimento . Já em 1971, o economista e matemático norteamericano de origem romena, Nicholas Georgescu-Roegen, publicara "A Lei da Entropia e o Processo Económico", detalhando como o processo económico transforma a matéria prima de forma irreversível e contínua, não sendo sequer possível, a longo prazo, haver uma economia em estado estável (steady-state).
Uma política de limites começa com o questionamento radical do mundo tal como ele é. Incorporar a auto-limitação nas instituições da sociedade equivalerá a questionar não só o consumo, mas também os processos de produção capitalistas.
O Decrescimento convida a "descolonizar o imaginário" para construir outros futuros possíveis.
A saúde e o bem-estar são centrais ao Decrescimento.